Idealizado pela diretora Cristina Castro, o EIC (Encontro de Investigação Coreográfica) foi criado em 2007 com objetivo de incentivar processos de criação e produzir novas pesquisas coreográficas, aquecendo o mercado da dança contemporânea com uma nova safra de criações baianas.
 

Cinco artistas formaram o time que abriu alas ao projeto, Sergio Diaz, Janahina Santos, Bárbara Barbará, Leandro de Oliveira e Ricardo Fagundes que apresentaram nos dias 30 de novembro , 01 e 02 de dezembro/2007 o resultado de suas experiências criativas, interpretadas pelo próprio elenco da Companhia e dois atores convidados.
O espetáculo foi formado por quadros que duram na sua maioria de 10 a 15 minutos. Nele estarão as coreografias:

 

Xposições (Sérgio Diaz)

É uma pesquisa através de um olhar particular que revela de forma leve e divertida as várias possibilidades desse corpo que temos: usá-lo, manuseá-lo, abusá-lo.
As relações, as situações e as confusões que nosso cotidiano nos posiciona e que muitas vezes não queremos, fazem com que X POSIÇÕES invada nosso “pensamento-corpo” num mundo já posicionado e se pergunte:
– Qual é realmente a nossa atual posição em relação a atual posição sobre tudo isto?
Há, há, há!!!
Posicionem-se!
E divirtam-se!

 

Ficha Técnica
Direção e concepção: Sergio Diaz
Assistente de coreografia: Leandro de Oliveira
Intérpretes: Bárbara Barbará, João Rafael, Jorge Oliveira, Mariana Gottschalk e Ricardo Fagundes
Texto: Bárbara Barbará e Sergio Diaz
Iluminação: Marcos Dedé

 
O Mas no Entendido (Leandro de Oliveira)

A experimentação aborda a relação estabelecida entre os corpos a partir da estrutura básica da comunicação: emissor, veículo e receptor; e pretende questionar a maneira como as informações são tratadas. A movimentação surge da manipulação e interferências no fluxo livre do movimento, explorando as modificações geradas no corpo e metaforizando os ruídos que podem existir durante a comunicação. Nesse sentido a obra chama a atenção para a necessidade de uma visão crítica em relação a qualquer tipo de informação que se apresenta em nosso meio.

 

Ficha Técnica
Direção e concepção: Leandro de Oliveira
Intérpretes: Janahina Santos, Maitê Soares, Ricardo Fagundes, João Rafael, Mariana Gotschalk e Jorge Oliveira
Concepção de luz: Marcos Dedé
Música: Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes

 

Esperar ou… Aguarde sua Vez (Janahina Cavalcante)

O esperar pode ser aguardar com desejo e confiança que algo aconteça (ou não). Quando se espera tudo fica exagerado. Uma expectativa constante. É admitir que existem coisas que não dependem de você. O ato e efeito dessa espera fazem parte da vida de cada pessoa, são nove meses para ver as cores do mundo, crescemos e os atributos mudaram, mas o ato se mantém, queremos independência e esperamos ser tudo o que sonhamos. É, assim sem fim, você sempre está à espera de algo em filas, em pontos de ônibus, pelos amigos, por amores e por diversas coisas. A partir de algumas posições e gestos que o corpo produz no momento em que se espera algo, articulado com as habilidades corporais de cada bailarino (criador intérprete), faz parte do processo de criação desse trabalho, como um crer na espera, um acreditar na própria ação. Esperar, esperar, esperar…

Ficha Técnica
Direção e concepção: Janahina Santos
Intérpretes: Bárbara Barbará, Jorge Oliveira, Leandro de Oliveira, Maitê Soares, Mariana Gottschalk e Ricardo Fagundes
Concepção do figurino: Marina Carleial
Texto: Elenco
Trilha sonora: Maurício Roque
Iluminação: Marcos Dedé
Cenário: Janahina Santos

 

Partida (Bárbara Barbará)

Partes.
Parto.
Partir, ir….

“Há um resto de mim em toda parte
Que nunca pude ser inteiramente.”
Ildásio Tavares

 

Ficha Técnica
Criadora-intérprete: Bárbara Barbará
Assistente de coreografia: Jairson Bispo
Iluminação: Marcos Dedé
Música: Heitor Villa-Lobos

 

Um Minuto para Não Pensar (Bárbara Barbará)

Dois corpos que brincam entre si , correndo com o tempo, através do movimento.

 

Ficha Técnica
Direção e concepção: Bárbara Bárbara
Intérpretes: Janahina Santos e Maitê Soares
Iluminação: Marcos Dedé
Música: Heitor Villa-Lobos


Despedidas. (Ricardo Fagundes)

Busca-se através desta apresentação vivenciar situações de despedidas. Acreditar que a arte pode, através do ato, atritar-se com a platéia, impulsionando-a para algum lugar dentro ou fora de si.
Desde o nascimento vive-se situações de despedidas e assim seguem-se tantas outras, pois os encontros nos aguardam em algum lugar à nossa frente.
Despedidas traz a cena corpos subjetivados (atuantes em emoção, fisicalidade e imagens), constituídos em histórias e na busca insaciável de outras tantas. Trata-se de uma proposta em que luz, cenário, figurino, movimentação, textos e música caminham juntos e têm fundamental importância para a criação do espírito e atmosferas do tema abordado.
Em cena, pode-se perceber sugestões dos atos de despedir-se e demais desdobramentos sem juízo de valor, afinal cabe a cada um na platéia construir junto com os artistas a leitura desse produto através de seus referenciais.

 

Ficha Técnica
Direção e concepção: Ricardo Fagundes
Assistência de direção: Bárbara Barbará
Intérpretes: Janahina Santos, Jorge Oliveira, Leandro de Oliveira, Marcelo Brito, Sergio Diaz
Voz em Off: Chica Carelli
Voz na Música: “Pedaços de mim”: Márcia Castro
Músicas: Chico Buarque
Iluminação: Marcos Dedé

A 2ª edição do EIC – Encontro de Investigação Coreográfica, aconteceu em dezembro de 2011, no Teatro Vila Velha, e foi composta por criações inéditas de 5 integrantes do Núcleo Viladança, Jorge Oliveira, Sérgio Diaz, Bárbara Barbará, Leandro de Oliveira e Janahina Cavalcante.

 

O Tic Tac (Sergio Diaz)

A coreografia foi inspirada no poema “tic tac” de Millôr Fernandes, onde brincamos com os tempos das pessoas e seus movimentos universais. A figura feminina realça essa simbologia “Tempo”. O tempo de acordar, de se conectar, de se duvidar, de se amar, de se gastar… Esse “TEMPO” muitas vezes atemporal, surreal está aí. Então vivamos os tempos, pois como já disse alguém: “O TEMPO É DE NINGUÉM”.

 

Ficha Técnica
Concepção Coreográfica: Sérgio Diaz
Assistente de Coreografia: Leandro de Oliveira
Textos e movimentos criativos: Bárbara Barbará, Janahina Cavalcante, Maitê Palmeiras e Mariana Gottschalk.


Web Cam 01
Sexo, som e imagem (Leandro Oliveira)


A relação se estabelece num espaço virtual, não mensurável, não tangível, que rompe com as antigas denominações de “dentro” e “fora”. Um estado paradoxal no qual estando dentro, seguro, em casa, se está também fora, receoso, num mundo frágil e desconhecido. Uma relação sem toque, sem cheiro, onde a imagem, o ângulo, o recorte definem o grau de intimidade. O desejo de mostrar-se em partes, com ou sem rosto, oculto ou camuflado. O corpo em pedaços, desfragmentado, recortado em lances de si mesmo. A cada fragmento uma expectativa, uma vontade que alarga o desejo e abre espaço para projetar e fantasiar. Em Web Cam 01 – Sexo, som e imagem mergulhamos nesse universo impregnado por desejo que não cabe no mundo real, social, entendido, permitido e discutido.

 

Ficha Técnica
Coreografia: Leandro de Oliveira
Elenco: Mariana Gottschalk, Sergio Diaz e Bárbara Barbará.
Trilha Sonora: Guille Ceballos
Desenho de Luz: Marcos Dedé
Figurino: Leandro de Oliveira
Vídeo: Leandro de Oliveira


Alice tem a ver com isso… (Jorge Oliveira)

…um pedaço de grama com um iluminado específico.
Uma floresta de ruídos, cinco corpos produzindo imagens soltas, e em uníssono. Um recorte na realidade… O 1° momento de acordar do sono!
Momentâneo, passageiro, recortado.
De quem assiste. A dança… 12minutos e 08 segundos, a procura de algo?! O movimento! Alice tem a ver com isso…

 

Ficha Técnica
Concepção e direção: Jorge Oliveira
Assistência/design de luz/makeup: Márcio Nonato
Bailarinos: Bárbara Barbará, Janahina Cavalcante, Leandro de Oliveira, Mariana Gottschalk, Sérgio Diaz.
Ambiência Sonora/Trilha Original: João Milet Meirelles
Figurino: Jorge Oliveira e Márcio Nonato (para Doce Bagana)
Realização: Núcleo Viladança em parceria com o Núcleo VAGAPARA.


Vamos criar lagartas (Janahina Cavalcante)

“O corpo é o lugar fantástico onde mora, adormecido, um universo inteiro.” Rubem Alves
A metamorfose de uma lagarta em borboleta é de exemplar riqueza poética e estética. A lagarta se arrasta sobre si próprio abdômen, a borboleta voa livre, a lagarta se oculta, a borboleta domina o cenário com sua presença. A lagarta e a borboleta não têm opção, uma não pode deixar de evoluir e a outra não pode regredir. No entanto, podemos eleger para si mesmo a fortuna da lagarta de tecer transformações, e desta maneira compreender o sentido das mudanças da vida para conseguir exaltar a possível borboleta que existe em nós.

 

Ficha Técnica
Concepção e Direção Coreográfica: Janahina Cavalcante
Assistente de Produção: Luiz Antônio Jr.
Intérpretes Criadoras: Bárbara Barbará, Mariana Gottschalk, Maitê Soares, Janahina Cavalcante
Trilha Sonora: Maurício Roque
Iluminação: Marcos Dedé

 

De onde e pra onde… (Bárbara Barbará)

O trabalho “De onde pra onde…”, inspirado na música de Arnaldo Antunes “No Fundo”, trata se da posição na qual nos encontramos no espaço-tempo e a relação com os outros a partir desta. Os encontros e desencontros que se estabelecem; os caminhos que se traçam; as direções para qual nos leva.

Ficha Técnica
Coreografia: Bárbara Barbará
Dançarinos: Janahina Cavalcante, Jorge Oliveira. Leandro de Oliveira. Maitê Soares. Mariana Gottschalk e Sergio Diaz
Música: “No fundo”, Arnaldo Antunes/Edgard Scandurra